Muitas mulheres não distinguem a higienização da zona íntima do resto do corpo, no entanto esta é uma zona mais delicada e está, muitas vezes, sujeita ao aparecimento de infeções.
Para começar, esta zona apresenta um pH diferente do restante corpo e este varia conforme a etapa da vida em que se encontra a mulher, sendo mais ácido a partir da puberdade – na etapa fértil – e mais alcalino na infância e menopausa.
Além disso, esta zona encontra-se mais sujeita à proliferação de microrganismos patogénicos, uma vez que é pouco ventilada e está em contacto constante com fluidos e suor, apresenta mais humidade e está submetida a constante fricção.
Assim, deve manter-se uma higiene íntima diária com produtos específicos, que não sejam agressivos para os genitais externos, e que respeitem o ecossistema (microrganismos benéficos presentes naturalmente na vagina) e o pH vaginal (devendo ter em consideração as diferenças em cada etapa).
Os produtos com sabão podem ser demasiado agressivos, pois para remover a sujidade, podem eliminar, também, os lípidos que a protegem, além de terem pH alcalino, que pode alterar o pH vaginal. Assim, devem ser utilizados detergentes com surfactantes suaves que eliminam a sujidade, sem agredir o manto hidrolipídico que protege a pele.
Porém, esta higiene deve ser feita apenas externamente, devendo-se evitar os duches vaginais, já que a vagina se limpa naturalmente, através da lubrificação. O excesso de higiene pode desequilibrar a flora vaginal, levando, também, ao desenvolvimento de infeções.
Adicionalmente, não deve ser utilizada roupa demasiado justa e deve evitar-se o uso de roupa interior de materiais sintéticos – o algodão deverá ser o tecido de eleição, por ser permeável e transpirável.
Uma higiene íntima adequada é a melhor estratégia para prevenir o aparecimento de inflamações e infeções vaginais e assegurar a saúde íntima, assim como o bem-estar, conforto, segurança e saúde da mulher.
