A propagação da doença de COVID-19 está, atualmente descontrolada, no nosso país e, apesar de já existir vacina, e desta já ter começado a ser administrada, as previsões dos especialistas indicam que a vacinação da população portuguesa poderá prolongar-se até 2022.
Desta forma, a melhor estratégia para evitar a propagação do vírus reside nas medidas de prevenção.
Para além do confinamento obrigatório imposto pelo governo, as recomendações da OMS (Organização Mundial de Saúde) e do SNS (Serviço Nacional de Saúde) consistem na manutenção do distanciamento social e, sobretudo, na higienização frequente e correta das mãos, bem como a limpeza das superfícies, com o recurso a desinfetantes específicos, que podem ser irritantes e alergénicos para a pele.
A higienização constante das mãos pode levar a diversas alterações na textura da pele, como xerose cutânea, dermatites de contacto irritativas, ou até, dermatites de contacto alérgicas, originadas por mecanismos imunológicos físicos ou químicos, que levam ao comprometimento da barreira cutânea.
Apesar dos sabonetes, detergentes ou solventes normalmente utilizados para limpeza doméstica serem pouco irritantes e normalmente bem tolerados, a exposição repetida a estas substâncias pode originar uma dermatite cumulativa, devido à capacidade deste tipo de produtos remover os lípidos da superfície cutânea, danificar as proteínas e queratina da epiderme. Para além disso, utentes atópicos ou com história familiar de atopia apresentam já uma barreira cutânea fragilizada, aumentando a sua sensibilidade a irritantes cutâneos. Pode, ainda, desenvolver-se uma reação alérgica de contacto a um ingrediente existente nos detergentes ou solventes utilizados.
Assim, é extremamente importante manter a hidratação da pele das mãos, seja imediatamente após a higienização, ao longo do dia, ou como reparação noturna.
Desta forma, é importante escolher bem os detergentes a utilizar para higienização das mãos, que devem ser suaves e respeitar o filme hidrolipídico da pele, bem como o creme hidratante a utilizar, que deve ser aplicado logo após a higienização, sobretudo com soluções hidroalcoólicas.
